Este artigo incide sobre as políticas para as alterações climáticas em Portugal, procurando compreender os posicionamentos institucionais e traçar os laços que se tecem entre instituições em matéria de influência sobre as políticas, fontes de informação científica, colaborações e aconselhamento. Tem por base um inquérito por questionário aos principais atores institucionais envolvidos. Este estudo conclui que há consenso entre os atores institucionais sobre as alterações climáticas e apoio a medidas de mitigação. A análise de redes revela a centralidade dos atores governamentais e algum fechamento dos setores em si próprios, funcionando tendencialmente em “silo”, registando-se assim uma fraca interação institucional no período analisado.
e a Marília de Azambuja Ribeiro Machel (U. Federal de Pernambuco), pelo artigo “A corte portuguesa e a campanha pela publicação da Clavis Prophetarum do Padre António Vieira (séculos XVII-XVIII)”, Análise Social, 239, LVI (2.º), 2021, pp. 264-283.
Este artigo trata da campanha pela publicação da Clavis Prophetarum do Padre António Vieira, que teve lugar em Portugal entre o final do século XVII e a primeira metade do século XVIII. Dentre os diversos promotores dessa campanha destacam-se alguns personagens ligados à corte portuguesa, como o arcebispo de Cangranor D. Diogo Justiniano, o Inquisidor-mor do reino Nuno da Cunha e Ataíde e um grupo de homens de letras ligados ao 4.º Conde da Ericeira, D. Francisco Xavier de Meneses, e à Academia Real da História, criada por D. João V em 1720.
Durante o seu ciclo olímpico (2009-2016), num momento histórico em que governos e agentes privados de todo o mundo buscavam superar os efeitos de uma grave crise económica evidenciada justamente na relação entre capitais financeiros e a urbanização, a cidade do Rio de Janeiro recebeu avultados investimentos para políticas urbanas. O bairro Madureira, representado pelas suas tradições afro-brasileiras, foi um lugar privilegiado para esses investimentos e fundamental para a compreensão da eficácia de curto prazo desse projeto de cidade e dos seus conflitos e reviravoltas políticas decorrentes. O objetivo deste artigo é apresentar razões, ações e omissões para a implementação desse projeto de cidade, com as suas potencialidades, contradições e os seus efeitos imediatos.
e a Anderson Luís do Espírito Santo e Douglas Josiel Voks (U. Federal de Mato Grosso do Sul), pelo artigo “Configuração de uma experiência pública: o caso das feiras na fronteira Brasil-Bolívia”, Análise Social, 241, LVI (4.º), 2021, pp. 668-691.
Tendo a sociologia contemporânea dos problemas públicos como fundamento, apresentamos uma reflexão sobre a importância da experiência pública nas cidades. Descrevemos, em especial, a dinâmica conflituosa referente à comercialização de diferentes produtos e à participação dos bolivianos nas feiras em Corumbá, na fronteira Brasil-Bolívia. Resgatando as contribuições pragmatistas, em especial as de John Dewey e Daniel Cefaï, foi possível compreender o processo de associação, discussão e procrastinação do problema. Neste caso, a experiência de não apenas atravessar as fronteiras, mas também de viver nas fronteiras, onde as controvérsias fazem os atores agir em diferentes ações coletivas, cada qual justificando a sua problematização.
Sumário: Um socialmente curioso percurso fez do ruído o incontornável ambiente sonoro da moderna urbanidade. O texto analisa a história do “mundo social do ruído” e mostra como com o tempo o seu inicial estranhamento deu lugar a uma generalizada condescendência e à aceitação social deste “som indesejado”, como lhe chama Murray Schafer. Depois de argumentar como alguns artistas, no campo da pintura, da música e da poesia contribuíram para a acomodação social do ruído, o artigo dá conta de duas célebres investidas históricas antirruído, destacando o papel do filósofo alemão Th. Lessing e da médica norte-americana Julia Rice. Hoje, os efeitos sociológicos mais importantes do ruído são a enunciação da presença do “outro” e o silenciamento da dissidência. O texto termina remetendo para o reconhecimento do ruído como território de continuadas disputas sociais que convidam a aturada investigação sociológica.
Palavras-chave: mundo do ruído; modernidade; aceitação social do ruído; ação antirruído.
e a Ricardo Paes Mamede (Dinâmia’CET, ISCTE-IUL), “Explicações alternativas para a crise do Euro e suas implicações”, Análise Social, 236, LV (3.º), 2020, pp. 626-652.
Sumário: Neste texto discutem-se explicações alternativas para a crise que atingiu a zona euro em 2010-2012. A crise é indissociável da acumulação de desequilíbrios externos entre países membros desde meados dos anos 90. Assim, a explicação para as suas origens tem de passar pela identificação dos mecanismos que contribuíram para a acumulação daqueles desequilíbrios. As diferentes explicações discutidas – a convergência entre economias, as práticas orçamentais, as relações laborais, os fluxos de capitais e os perfis de especialização – não são mutuamente exclusivas. No entanto, os dados disponíveis sugerem que há processos mais relevantes do que outros – e não são os mais óbvios.
Palavras-chave: crise da zona euro; crise financeira; economia portuguesa; perfil de especialização; reforma da zona euro.
Sumário: As hortas urbanas de cabo-verdianos são uma realidade incontornável da Área Metropolitana de Lisboa. Surgem nas imediações de bairros, nos declives das estradas ou junto a linhas de água. Erguendo-se através de processos de resistência, nestas margens da cidade acontecem relevantes sociabilidades. Para além de lugares de subsistência, estes são espaços que ligam as pessoas entre si e aos seus bairros. Baseado numa pesquisa etnográfica com agricultores da Cova da Moura e “Reboleira” – e com um foco numa horta na fronteira da Amadora com Lisboa – este artigo explora as hortas urbanas como espaços de sociabilidades e resistência quotidiana.
Palavras-chave: hortas urbanas; cabo-verdianos; Área Metropolitana de Lisboa; resistência.
e a Ricardo Gomes Moreira (ICS, Universidade de Lisboa), pelo artigo “As radiações e a formação de uma ecologia institucional da medicina do cancro em Portugal (1912-1948)”, Análise Social, 237, LV (4.º), 2020, pp. 692-721.
Sumário: Os estudos da radioatividade e o impulso científico e industrial associado à produção de radiações marcaram profundamente a medicina portuguesa no começo do século XX. Neste artigo explora-se o modo como uma noção biomédica do cancro emergiu nessa época, intimamente associada ao desenvolvimento de uma “economia das radiações” que se apoiava nos usos clínicos e científicos da radioatividade. Argumenta-se que essa economia se baseou em ambos os conceitos de “cancro” e de “radiações”, que se constituíram como objetos de fronteira, capazes de sustentar, no caso português, uma nova ecologia institucional da medicina através do seu potencial mediador entre diversos interesses políticos, científicos, médicos e industriais.
Palavras-chave: cancro; rádio; economia das radiações; objetos-fronteira; ecologia institucional.
Sumário: O voluntariado insere-se no âmbito de um conjunto de transformações sociais que marcaram a “entrada” numa nova fase da modernidade. Nesta transição, tanto a prática como as organizações que a acolhem passaram a enfrentar novos desafios associados, sobretudo, à emergência dos processos de individualização e reflexividade. A Re-food representa uma iniciativa de apoio alimentar, relativamente recente, que tem tido a capacidade para se adaptar a uma realidade (a nacional) que se caracteriza por uma certa “apatia participativa”, como também a diferentes perfis de voluntários e, portanto, a diferentes expectativas e interesses associados à prática. Com base numa pesquisa etnográfica, procurar-se-á perceber o que poderá ter suscitado o crescimento da iniciativa e de que forma os seus voluntários manifestam “sintomas” da referida transição.
Palavras-chave: voluntariado; individualização; reflexividade; Re-food.
O artigo de José Santana Pereira (CIES, ISCTE-IUL) e de Marina Costa Lobo (ICS, Universidade de Lisboa) “What explains preferential voting? A field experiment in Portugal”, Análise Social, 234, LV (1.º), 2020, pp. 4-26 foi distinguido com uma menção honrosa do júri.
Sumário: O presente artigo analisa os fatores explicativos do voto preferencial em sistemas de lista flexível, com enfoque na sofisticação política, regras de votação e magnitude do círculo eleitoral. Baseia-se num estudo experimental de campo realizado em Portugal no dia das eleições legislativas de 2015. Verificou-se que o impacto da magnitude do círculo eleitoral depende das regras de votação utilizadas, que tornam o voto preferencial obrigatório ou opcional. Para além disso, o interesse pela política tende a perder a sua significância estatística quando o voto preferencial é obrigatório. Portanto, o voto preferencial não constitui um obstáculo ao voto por parte dos cidadãos com menores níveis de sofisticação política, especialmente quando as regras fazem com que a expressão de preferências seja obrigatória.
Palavras-chave: voto preferencial; estudo experimental; comportamento eleitoral; sistema eleitoral.
Sumário: Durante a I República, a história teve lugar de relevo na argumentação política e doutrinária e na própria legitimação do novo regime. Nesses anos prosseguiu um esforço de nacionalização dos portugueses que se desenvolveu nos mais variados domínios. A memória histórica foi um deles. Quais os grandes temas de debate na historiografia portuguesa? Como se operou a republicanização da memória nacional? Entre outros tópicos (v. g. formação de Portugal, decadência), especial destaque é concedido à Restauração de 1640 para examinar em que medida os historiadores contribuíram para a construção da memória da nação – quando sabemos que muitos outros agentes sociais intervieram nesse processo.
Palavras-chave: historiografia; historiadores; memória nacional; nacionalização.
e a António Baptista (Centro de Ética, Política e Sociedade, ILCH, Universidade do Minho), “A liberdade em Polanyi”, Análise Social, 229, LIII (4.º), 2018, pp. 832-868.
Sumário: A Grande Transformação de Karl Polanyi é uma poderosa crítica da ideologia de mercado e dos seus pressupostos intrínsecos, que se baseia numa teoria política (implícita) da liberdade. Tenta-se aqui reconstruir e explicitar o conceito de Polanyi da “liberdade numa sociedade complexa”, à luz do seu compromisso com uma forma sui generis de socialismo e da sua oposição de longa data ao tipo de argumentos que se podem encontrar n’O Caminho da Servidão de Friedrich Hayek.
Palavras-chave: Polanyi; liberdade; socialismo; democracia; planificação.
Sumário: O objetivo central deste artigo é discutir e apresentar um modelo de análise sociológica de crises biográficas, ou seja, de fases de vida dos indivíduos marcadas pela quebra dos quadros habituais de ação e pensamento, com impactos substanciais nos seus percursos. Num primeiro momento são mapeados os principais contributos da sociologia para o estudo desta problemática, nomeadamente identificando o que na literatura pode ser enquadrado no conceito de crise. É nesta discussão que assenta, numa segunda parte, a identificação dos principais eixos analíticos que estruturam as dimensões de análise sociológica das crises biográficas.
Palavras-chave: crise biográfica; percurso de vida; rutura; imprevisibilidade.
O artigo de Diogo Andrade Cardoso (CHAM, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa) “A especialização profissional como fator de emigração para os territórios ultramarinos nos séculos XVI e XVII”, Análise Social, 226, LIII (1.º), 2018, pp. 162-185 foi distinguido com uma menção honrosa do júri.
Sumário: Este artigo analisa, para o período compreendido entre 1560 e 1651, a ligação existente entre a especialização profissional, a escolha de um destino ultramarino e de um momento adequado para emigrar. Usando a documentação notarial e paroquial de Vila do Conde, o artigo procura identificar as profissões dos emigrantes em articulação com as conjunturas económicas e sociais dos locais de destino da emigração, provando que estas eram determinantes para os que buscavam uma vida melhor, pois permitiam uma melhor adaptação às realidades económicas e sociais locais.
Palavras-chave: emigração; profissões; territórios ultramarinos; séculos XVI e XVII.
Sumário: O mapeamento conceptual e académico da sociologia e da ciência económica, incluindo a identificação de um lugar para a sociologia económica, constituiu um problema relevante para vários autores do século XIX, os quais produziram teorizações que foram submetidas a uma severa crítica por Parsons, nos anos 30 do século xx. Parsons reformulou mais tarde várias das suas ideias quanto a estes assuntos, nunca tendo chegado a uma solução satisfatória. Este problema é mais ampliado do que resolvido, considerando autores dos finais do século XX, como os do “individualismo metodológico” e da “nova sociologia económica”. As flutuações conceptuais e a incoerência teórica são ainda mais aprofundadas se tomarmos em consideração também o problema das fronteiras daquelas disciplinas com a história.
Palavras-chave: sociologia económica; história; fronteiras académicas; incoerência teórica.
e a Renato Lessa (Universidade Federal Fluminense), “Modos de inventar uma República: demiurgia e invenção institucional na tradição republicana brasileira”, Análise Social, 204, XLVII (3.º), 2012, 508-531.
Sumário: O artigo sugere uma interpretação da República brasileira como processo de invenção dependente de duas ordens de ficções. A primeira delas, formulada entre outros ensaístas brasileiros, por Francisco José de Oliveira Vianna, sustenta a vigência, no processo de constituição da sociedade e do Estado no Brasil desde o período colonial, de um padrão de sociabilidade fragmentado e carente de laços sociais e cívicos permanentes. A segunda ordem de ficções é corolário da primeira: a ausência de nexos sociais acabou compensada pela presença e pela força do direito público e da elaboração constitucional. O artigo analisa dois momentos cruciais de (re)invenção da República brasileira, ambos marcados pelo predomínio do direito público e da invenção constitucional (1932 e 1988). Ao fim, a experiência política brasileira é apresentada como tentativa continuada de criação de uma comunidade cívica e política “contra os factos”.
Palavras-chave: invenção; República; direito público; constituições.
Abstract: Up to half of the world’s 6,500 languages spoken today may be extinct by the end of this century. Most of these endangered languages are oral speech forms, with little if any traditional written literature. If undocumented, these tongues—each representing a unique insight into human cognition and its most powerful defining feature, language—risk disappearing without trace. In this article, I discuss the unique spatial and temporal worlds occupied by communities whose languages are still principally oral. Drawing on examples from the Himalayas, I show how technology is effecting global linguistic diversity and the voices of these vanishing worlds.
Keywords: endangered languages; orality; human cognition; Himalayas.
Sumário: Desde o início deste milénio que a investigação académica tem identificado o sentimento anti-muçulmano como uma característica-chave da extrema-direita europeia. Este artigo discute a história e a validade do termo “islamofobia”, assim como a emergência e consolidação do tema da “Eurábia” na ideologia da extrema-direita. Analisa ainda a forma como as concepções de uma tomada de poder pelos muçulmanos na Europa têm contribuído para reconfigurar a ideologia da extrema-direita e para formar novas convergências entre diferentes margens do espaço político.
Palavras-chave: Islão; extrema-direita; identidade; imigração.
Sumário: Neste artigo procede-se a uma reflexão crítica sobre a teoria do actor-rede de Michel Callon e Bruno Latour. Salienta-se a necessidade de incorporar no estudo do social as emoções e a imponderabilidade. Tendo como referência a análise de situações de catástrofe ou de acontecimentos extremos, propõe-se uma reflexão sobre o trabalho político que coloca fora das redes sociais, como irrecuperáveis e descartáveis, todos os que não criam ou não possuem valor na perspectiva hegemónica e que, por conseguinte, não são construídos como portadores de direitos sociais e políticos, tornando-se invisíveis e ausentes das análises convencionais propostas pela teoria do actor-rede.
Sumário: A filosofia política enquanto filosofia política e da política não está desligada das condições políticas da sua actividade. A defesa política da filosofia, que é um elemento estruturante da filosofia política, resulta incontornavelmente de um confronto entre as várias formas de existência disponíveis aos homens e por eles vividas. Porém, o regime político e a sua vitalidade histórica afectam o modo de relacionamento do filósofo com a cidade quando procede à defesa política da filosofia. Neste texto tentarei examinar a relação concreta que se estabelece entre a democracia contemporânea e a filosofia política e sugerir que esta relação, apesar de historicamente benévola para a filosofia política, contém também alguns riscos.
e a António Baptista (ICS, Universidade de Lisboa), “Democracia e representação democrática”, Análise Social, XLV (3), 2010, pp. 491-514.
Sumário: Neste artigo sustenta-se que a democraticidade é o fundamento da legitimidade da representação. Assim, debater normativamente o problema da representação passa pela elucidação e defesa prévias de um modelo de democracia. Defende-se a democracia como o ideal (processual) da igualdade política (isocracia). Analisam-se e rejeitam-se as objecções às concepções processuais de democracia e expõem-se as debilidades das concepções substantivas rivais. Finalmente, à luz do ideal da isocracia, demonstra-se a superioridade democrática da democracia directa e sustenta-se que os sistemas eleitorais proporcionais são os que melhor se coadunam com a representação fidedigna das preferências dos cidadãos, isto é, a representação democrática.
Sumário: As duas mais importantes bases internacionais com dados para o PIB per capita e produtividade da economia portuguesa dos anos 50 em diante (GGDC e Ameco) oferecem dois retratos opostos da sua evolução, em especial durante o abrandamento entre 1973 e os anos 80. O principal problema é a qualidade dos dados de base sobre população e emprego. Oferecem-se aqui novas estimativas e apresentam-se novos cálculos do PIB per capita e da produtividade do trabalho entre 1950 e 2007. Confirma-se a ideia transmitida em GGDC (abrandamento semelhante do PIB per capita e produtividade), mas as séries são diferentes, devendo as séries aqui apresentadas ficar como as novas referências para a economia portuguesa.
Palavras-chave: Portugal; PIB per capita; produtividade do trabalho; novas séries.
Sumário: Este artigo analisa a política social do final dos anos 60 e inícios dos anos 70. Demonstra que o alargamento da previdência social corresponde a uma tentativa de ajustamento do governo face à emigração que se iniciou no fim da década de 50. Este alargamento resultou também da acção no seio do Estado de uma corrente de altos funcionários inspirados pela doutrina social da Igreja renovada pelo Vaticano II, da inserção de alguns agentes administrativos nas comunidades epistémicas internacionais ligadas às políticas sociais e de uma tentativa de legitimação do poder de Marcelo Caetano.
Palavras-chave: emigração; Estado-providência; Estado Novo; movimentos sociais.
Sumário: Este artigo aborda os efeitos das redes sociais dos eleitores na sua propensão para o voto. Vários modelos formais têm proposto que a decisão de votar deverá ser vista como interdependente em relação às decisões dos membros da rede social a que o indivíduo pertence. Utilizando dados recolhidos em dois inquéritos através de questionários realizados após as eleições legislativas de 2005 e as presidenciais de 2006, este artigo sugere que, à semelhança do que sucede com a opção de voto, as redes sociais exercem uma enorme influência sobre a decisão de votar. Contudo, ao contrário do que sucede com a opção de voto, essa influência é, neste caso, predominantemente normativa e não informacional.
Sumário: Este artigo pretende realizar uma análise reflexiva sobre o conceito de policentrismo, cujos pressupostos orientam grande parte das actuais políticas de ordenamento do território, no sentido de compreender se este representa a resposta mais viável para a resolução dos desequilíbrios regionais do território nacional, nomeadamente os que afectam as zonas que se encontram na encruzilhada da urbanização e da marginalização. Para o efeito, iremos utilizar como contexto de análise os estudos que temos vindo a realizar sobre a região do Alentejo.
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